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OBESIDADE: O que há de mais atual

Dados mais recentes demonstram que a obesidade é uma DOENÇA CRÔNICA e de ALTA GRAVIDADE, isto quer dizer, que há a necessidade de acompanhamento médico e na maioria das vezes, por toda a vida.  Atualmente sabemos que cerca de 90% das pessoas que conseguiram um emagrecimento, através de qualquer método sem acompanhamento médico, tendem a recuperar o peso perdido num prazo de 1 ano.

No Brasil mais da metade, ou seja, 51% da população brasileira têm excesso de peso. Estudos demonstram que “o peso da nação brasileira está fora de controle” e, que se não forem tomadas medidas gerenciais e legislativas pelo governo em 2050 seremos 100% de pessoas acima do peso.

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 O aumento da obesidade e do excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina. A proporção é 52,6% e 47,4%, respectivamente. O levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde em maio desse ano demonstrou que Cuiabá é a capital com maior proporção de pessoas acima do peso (52,7%). Lembrando sempre que a obesidade representa um impacto negativo na qualidade de vida e pode reduzir de 9 a 12 anos na expectativa da vida.

O mais preocupante é que a incidência de obesidade infantil esta aumentando mais rápido do que nos adultos. Isso me lembra de uma frase dita no Congresso de Nutrologia de 2012: “Pais preparem-se para enterrar o seus filhos”. Isso que dizer que pela primeira vez na evolução da raça humana as crianças nascidas a partir do ano de 2000 estão com expectativas de vida menor que seus pais. Isso ocorre devido às doenças que a obesidade pode levar como diabetes, hipertensão, infarto cardíaco, aumento do colesterol, apneia do sono, gordura no fígado, depressão, doenças da coluna, cirrose, câncer de mama e câncer do intestino.

As causas da obesidade são genéticas, hormonais, ansiedade, sedentarismo e principalmente maus hábitos alimentares como alimentos a base de carboidratos e alimentação noturna em excesso. A ansiedade tornou o alimento em uma busca pelo prazer e de uma forma de relaxamento.

As maneiras de emagrecer são a reeducação alimentar, a atividade física, a mudança de hábitos de vida, os medicamentos específicos, o balão intragástrico e a cirurgia.

Em relação ao tratamento com medicamentos, como a obesidade é uma doença crônica, os medicamentos são necessários sim, mas sempre prescritos por médicos capacitados e responsáveis. O tratamento medicamentoso deve ser escolhido e adaptado para cada pessoa e, tem que ser seguro e eficaz. E por muitas vezes os medicamentos devem ser usados por tempo prolongado.

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Em relação ao tratamento cirúrgico, este deve ter indicação precisa para a obesidade mórbida ou na falha do tratamento medicamentoso. Mas sempre será necessário acompanhamento pós-cirurgia por no mínimo por 10 anos devido à alta taxa de mortalidade de cerca de 1%, à alta incidência de complicações em torno de 20% e, à crescente taxa de recuperação do peso que hoje está em 40%. Ou seja, a cada 1 mil pessoas operadas, 1 morre, 200 ficam com sequelas graves e 400 retornam ao seu peso original antes da cirurgia. Pense nisso antes de optar pela cirurgia.

O que fazer para não recuperar o peso após o tratamento de emagrecimento? Este, sem dúvida, é um dos questionamentos mais frequentes e evidentemente, de grande importância.  Para isso faz-se necessário o gerenciamento de peso através de mudanças de hábitos alimentares, de acompanhamento psicológico, de atividades físicas eficientes, de consolidar novos hábitos de vida e de acompanhamento medico.

Emagrecer significa reduzir doenças, melhorar a autoestima, ter melhor disposição para o trabalho e para atividade física, diminuir a ansiedade e aumentar a atividade sexual.

Lembre-se de 3 frases que as pessoas adoram ouvir sempre: “nossa como você emagreceu!”, “eu te amo”, “só hoje 50% de desconto”.

Dr. Antonio Carlos Zuntini | CRM – MT 2649
Clínica Anjos do Peso – (65) 3023-7571